morrer lentamente
encostado às manhãs frias
com cheiro pestífero de corpos humedecidos
pelos fumos das noites ardidas
os ruídos entram pelas frinchas
e raspam as paredes macilentas
do quarto tíbio
sinuosas sombras bailam no silêncio
alteradas pelo ensejo
só, assumidamente
parei na fria manhã de qualquer lugar
expulsa de saudades
o rapaz que atravessa a rua
ausente das horas leves
mergulha no tempo vazio, sem nexo
como se carregasse o peso do dia
a respiração arrasta-se
pelas esquinas
num regresso ao isolamento
uma voz embalada enegrece na manhã
l.maltez
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2 comentários:
Talvez o que o poema me diz não seja o que tu me irias dizer mas isso não é o mais importante. Gostei do poema e da forma como me revi nele *
AlgoTeu
Adoro vaguear neste teu recanto!
Parabéns pela partilha.
beijinho
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